“A capacidade de tomar as decisões corretas, de crer no seu potencial de realizá-las e de trabalhar intensamente até conquistar suas metas é o que define sua vida.” Roberto Shinyashiki.
O sucesso profissional é um conceito subjetivo. Independentemente do que você considera sucesso profissional, existem métodos que podem ajudá-lo a trilhar o caminho para atingir e manter seus objetivos de carreira. Um dos métodos é o Gerenciamento de Projetos.
O primeiro passo é você encarar a sua carreira profissional como um projeto. Isto é, tem início, meio e fim.
Qual é a pergunta que sempre fazemos sobre as pessoas bem-sucedidas?
“Queremos saber como elas são: seu tipo de personalidade, nível de inteligência, estilo de vida e talentos essenciais inatos. E presumimos que são essas qualidades individuais que explicam seu sucesso.” Malcolm Gladwell.
No livro Fora de Série – Outliers, de Malcolm Gladwell, são apresentadas investigações das raízes do sucesso. Os ingredientes de sucesso, segundo o autor, são: Paixão, Talento e Esforço.
Gladwell sugere que o sucesso resulta do acúmulo constante de conhecimentos e das pessoas que serviram de mentor – familiares, professores e do meio onde viveram. Ele demostra que, embora o QI – Quociente de Inteligência seja um indicador de habilidade inata, o sucesso é construído por conhecimento e dedicação. É um conjunto de capacidades que precisamos aprender e desenvolver.
A regra das 10 mil horas
No início da década de 1990, o psicólogo K. Anders Ericsson, da Academia de Música de Berlim, com ajuda de professores, formaram três grupos com os violinistas da escola (Apud Gladwell):
- Primeiro grupo: os alunos que tinham potencial para se tornar solistas de nível internacional;
- Segundo grupo: os alunos considerados apenas “bons”;
- Terceiro grupo: estudantes que dificilmente chegariam a tocar como profissionais.
Todos os violonistas começaram a tocar, em torno, dos cinco anos de idade:
- Os que haviam totalizado 10 mil horas de treinamento, eram os melhores músicos;
- Os que praticaram 8 mil horas, foram considerados meramente bons;
- Os que investiram pouco mais de 4 mil horas, foram consideramos medianos (medíocres).
Os pesquisadores não encontraram nenhum “talento natural” – músicos que tenham sido capazes de chegar ao topo sem esforço, praticando menos das 10 mil horas.
A conclusão dos pesquisadores é que para se conseguir a excelência em uma tarefa complexa, é requerido um nível de prática elevado. Na realidade, eles chegaram ao que acreditam ser o número mágico para a verdadeira excelência: 10 mil horas de treinamento.
Para onde quero ir?
No livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, acontece o seguinte episódio:
Alice está perdida e pergunta ao gato:
– Qual o caminho que devo seguir para sair daqui?
– Isso depende muito para onde você quer ir. Responde o Gato.
– Não me importo muito para onde. Retrucou Alice.
– Se não sabes para onde quer ir, qualquer caminho serve. Diz o Gato. (Figura 1)
Figura 1: Episódio do Livro Alice no Pais das Maravilhas
Moral da história: defina com clareza aonde você quer chegar, qual é o seu principal sonho? Depois, é lutar para consegui-lo.
A minha História
Quando eu era adolescente com 17 anos, na Cidade de Palmeira dos Índios – AL, em um sábado, acordei e fui para a rua. Em seguida, me dirigi para a casa de um amigo para chamá-lo para brincar. Quando cheguei lá o irmão dele estava lavando o carro, um Chevette. Fiz a seguinte pergunta: “de quem é o carro?” Ele me respondeu que era dele. Então eu perguntei: “como você conseguiu comprar esse carro?” Ele me falou que era funcionário do Banco do Nordeste do Brasil – BNB. Fiz outra pergunta: “o que era um banco?” E ele me explicou. Imediatamente, eu perguntei o que deveria fazer para ser funcionário do BNB. Ele falou que era muito difícil e que tinha um concurso público. Logo, pedi mais informações, e ele me falou sobre o processo seletivo, explicando que a primeira prova era de datilografia. A prova de português teria uma redação com no mínimo 50 linhas, e na prova de matemática, você teria que deixar os todos os cálculos anotados.
“Eu quero ser funcionário do BNB”
Quando meu pai, que era caminhoneiro, chegou de viagem, falei que queria fazer um curso de datilografia porque queria ser funcionário do BNB, para assim poder comprar o meu carro. Falei para ele que já tinha me informado que o curso era muito caro. Ele respondeu: “meu filho, só tem uma coisa cara no mundo – é a ignorância”. Até hoje eu falo essa frase para os meus alunos.
Mudanças de Comportamento
Depois que sabia qual era o meu objetivo de vida, isto é, meu projeto profissional, ficou claro para mim que passar no concurso do BNB não era fácil. Bem, eu era um aluno mediano, as minhas notas eram em torno de 5 e 6. Eu sentava no “fundão” da sala de aula.
Minha rotina consistia em estudar de manhã, chegar em casa e fazer os meus deveres escolares de casa, o mais rápido possível, para ir jogar bola ou sinuca com os amigos.
Mudanças de Hábitos
Mudei os meus hábitos – passei a sentar na primeira fila da sala de aula, e lancei o seguinte desafio em voz alta para os meus colegas de classe: “bem, quero passar no concurso do BNB. A partir de hoje vou estudar para ser o primeiro aluno da sala – quem topa concorrer comigo?” Para a minha felicidade, um colega de classe, o Carlos Gomes. se levantou e falou “eu topo”.
Esse foi um combustível que eu encontrei e que serviu de motivação extra para conseguir o novo desafio. Bem, a partir daquela data, eu estudava para ter as notas melhores do que as do Carlos Gomes.
Auto Formação
Para o concurso do BNB, reuni o material e passei a estudar sozinho. Com relação ao curso de datilografia, assim que terminei, falei para o meu pai que precisava de uma máquina de datilografia para eu poder treinar. Ele falou que não poderia comprar uma máquina, mas conseguiu uma emprestada por ter bons amigos e uma excelente reputação na minha cidade.
Sorte é preparação mais oportunidade
Quando iniciei a minha preparação para o concurso do BNB, tinha 17 anos, todavia, só poderia fazer o concurso quem tivesse pelo menos 18 anos. Já com 18 anos, o BNB lançou o edital do concurso na Cidade de Palmeira dos Índios – AL.
O Concurso do BNB
Na primeira prova de datilografia, 50% dos concorrentes foram eliminados. Eu passei nessa prova, graças a minha preparação e determinação. Veio a segunda etapa do concurso. E, algum tempo depois, saiu o resultado do mesmo. Nessa época, eu já trabalhava como repórter, na Rádio Educadora Sampaio, em Palmeira dos Índios. Enquanto eu estava trabalhando na rádio, chegou um colega na minha sala e falou “Bezerra, você foi aprovado no concurso do BNB!”
Esse foi um dos grandes dias na minha vida, pedi licença ao meu chefe, e fui correndo até a Agência do BNB para ter certeza que meu nome estava na lista dos aprovados.
Fases de um projeto
Segundo o PMBOK® 6º edição, as fases de um projeto são:
- Iniciação;
- Planejamento;
- Execução;
- Monitoramento e Controle;
- Encerramento.
Os processos apresentados em cada fase são elementos distintos e muito bem definidos. Porém, na prática, eles se sobrepõem e interagem entre si.
O PMBOK® é um livro que serve como guia para aplicação de conhecimento e habilidades durante todo o projeto (PMI, 2017).
Considerações Finais
Primeiro você sonha, depois você acredita, depois você se prepara e o seu sonho vira uma realidade. E é nesse momento que você deve seguir as recomendações e as melhores práticas do gerenciamento de projetos para aumentar as suas chances de sucesso.
Exatamente por isso, recomento o nosso MBA em Gerenciamento de Projetos, no qual você vai conhecer na prática o uso e aplicação das melhores ferramentas do Gerenciamento de Projetos.
Autor
Prof. Dr. José Bezerra da Silva Filho. Entusiasta em Gerenciamento de Projetos. Doutor em Engenharia pela Universidade Federal de Campina Grande – UFCG e Universiy of Maryland at College Park (EUA) e Mestre em Ciência da Computação pela UFCG. Elaborou, implantou e coordenou um curso de Mestrado em Informática Aplicada. Já coordenou dezenas de turmas de cursos de MBA/Especialização. Trabalhou no Banco do Nordeste do Brasil por mais de três décadas. É autor de seis livros, sendo os últimos dois: Tecnologia da Informação e Comunicação para Gestores; e Na Trilha dos Lucros: Prática de Gestão para Tornar sua Empresa mais lucrativa. Coordena a 17ª Turma do MBA em Gerenciamento de Projetos do Instituto de Capacitação Business School Brasil – BSBr e o Treinamento de Preparação para as Certificações PMP e CAPM, que já está na sua 40ª Turma.
Contatos do autor
- (85) 9.9921-1675
- E-mail: Professor.Dr.Bezerra@bsbr.com.br
Referências
PMI. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos. Guia PMBOK® 6a. Ed. – EUA : Project Management Institute, 2017.
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